Depressão pós-parto: precisamos falar sobre isso

A gravidez e a chegada de uma criança são um momento de felicidade para a mulher, sua família e todos à sua volta. Ao engravidar pela primeira vez, muitas delas realizam o grande sonho de suas vidas. É também nesta fase que a mulher é tomada por um sentimento que mistura felicidade e medo com o início do novo ciclo.

Durante a gravidez, o corpo feminino é invadido por uma intensa e ininterrupta descarga de hormônios, como o estrogênio, e por isso muitas mulheres têm a sensação de ser a pessoa mais feliz do mundo.

Com a chegada do bebê, a mamãe entra no período conhecido como puerpério. Também conhecida como blues, é nesta fase que a maioria das mulheres pode apresentar alteração transitória e leve do humor, comportamento considerado normal entre as puérperas.

É importante destacar que quando este período se manifesta, os sintomas têm início no quarto ou quinto dia pós-parto e dura de horas a, no máximo, duas semanas.

A sensação do puerpério dura pouco e se resolve sozinho, naturalmente, e não interfere nos cuidados que a mãe tem com o recém-nascido. Mas se esse quadro não se altera e às vezes se intensifica, interferindo negativamente no cuidado da mamãe com o seu filho, é necessária uma avaliação para verificar se a situação não transformou em um quadro depressivo.

O começo da depressão pós-parto pode ser silencioso, quase imperceptível, mas com o tempo se transforma em uma situação perigosa e leva a mamãe a questionar sua habilidade para cuidar do bebê. Às vezes, a depressão pós-parto se instala de uma hora para a outra, sem aviso.

Procure ajuda de um profissional

Nesse momento, a mulher precisa de ajuda do seu ginecologista para avaliar o quadro. Sintomas como ansiedade, excesso de raiva ou mesmo a sensação de estar no limite, além de questões cognitivas como memória, juízo de valores e de percepção, serão analisadas pelo profissional, que acompanhou a mulher desde o início da gestação.

O ginecologista é o melhor profissional para diagnosticar os sintomas e conduzir a mamãe ao tratamento correto, inclusive com a ajuda de outros profissionais, quando preciso.

O importante é que toda a família fique atenta a mudanças de comportamento da mamãe e questionem se elas não se relacionam apenas ao cansaço normal de quem acabou de receber um bebê em casa.

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