Pílula do dia seguinte: como funciona  

Você já deve ter ouvido muito sobre a pílula do dia seguinte, um medicamento de contracepção emergencial que pode prevenir uma possível gravidez.

A pílula do dia seguinte é composta por um tipo de progesterona sintético. Seus efeitos podem variar de acordo com o período do ciclo em que ela é tomado.

Para entender o funcionamento desse contraceptivo é preciso conhecer o processo de fecundação. Para deixar o ovário e seguir até o útero, onde acontece a fecundação, o óvulo é conduzido pela movimentação das tubas uterinas. O hormônio existente na pílula do dia seguinte interfere nesta movimentação e pode inibir ou atrasar a ovulação e atrapalhar a fecundação.

“Como todo medicamento, a paciente não deve tomar a pílula do dia seguinte sem indicação médica. O ginecologista é o profissional mais indicado para receitar esse contraceptivo, sempre baseado no histórico médico da paciente e na sua saúde atual”, afirma o ginecologista e obstetra José Ricardo Volpato Bertazzo.

 Qual a eficácia da pílula do dia seguinte?

Se tomada nas primeiras 24 horas após a relação sexual desprotegida, a pílula chega a ter a eficácia de até 95%. Em 48 horas, cai para 85% e assim sucessivamente, não apresentando mais efeito caso ultrapasse 72 horas. Existem versões em dose única e versões que o segundo comprimido deve ser ingerido 12 horas após o primeiro.

É importante que seu ginecologista prescreva o medicamento. Remédios tomados sem supervisão médica podem trazer sérios problemas.

 Causa efeitos colaterais?

Sim. Ela pode apresentar alguns efeitos colaterais como desregular o ciclo menstrual, causar um pequeno sangramento, enjoo, vômito, dor de cabeça e nos seios. Por desregular a menstruação não é aconselhável o uso frequente.

 A pílula causa aborto?

Diferentemente do que muitos imaginam, este tipo de medicamento não é abortivo. Uma medicação abortiva age no óvulo fecundado, a ação do estrogênio sintético é anterior a fixação do óvulo.

“É importante ressaltar que a pílula do dia seguinte é um método contraceptivo de emergência. Não deve ser utilizado com frequência e que serve apenas para relações sexuais anteriores a ingestão do medicamento”, alerta Bertazzo. “Relações sexuais após a ingestão do medicamento devem ser protegidas para evitar uma gravidez indesejada.”

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